segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Quando volto em minhas origens, as faces agora mais envelhecidas me fazem pensar em como o tempo é voraz.
A saudosa lembrança, ao passar nas ruas acidentadas de minha infância, me traz lagrimas aos olhos, mas não é possível reviver e o que está feito, está feito.
Em cada parte do meu corpo estão gravadas minhas escolhas, oportunidades perdidas (ou não), obstáculos, vitórias, amores, amizades, medos...
O que são apenas lembranças, mesmo as mais remotas, nos tornaram quem somos. Cada experiência, cada professor, cada conversa teve sua parcela de culpa do que somos.
E por mais que tenham sido “bons tempos”, temos “bons tempos” acontecendo nesse exato momento que continuará moldando quem somos.
O tempo vai continuar sendo voraz, e hoje logo será lembrança. Então temos que nos concentrar no hoje para fazermos boas escolhas, aproveitar cada instante de felicidade, cada sorriso trocado, cada abraço apertado, cada conversa com um amigo de infância ou com um estranho no ponto de ônibus. Não dar espaço para o rancor ou tristeza (o tempo é voraz, lembra? Não temos tempo para isso), distribuir gentilezas e viver com leveza, porque não poderemos reviver esse momento, mas nos lembraremos dele por muito tempo (talvez para sempre).
Que nossas saudosas lembranças sejam mais um motivo para trazer mais um sorriso ao rosto.


By Karol Moraes

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Nossa vida possui etapas, fases necessárias para trazer o aprendizado que precisamos. Por mais que nossa vida pareça organizada, não é essa organização que encontramos em nossa mente que anseia por compreensão e respostas. Ter que conviver conosco mesmo é a tarefa mais árdua, a missão mais complicada que recebemos e não temos como recuar.

Momentos que os caminhos não mostram placas para onde temos que seguir, e os rostos que passam por nós estão embaçados demais para preencher o vazio que surgiu de repente, o mundo parece maior e até o ar parece pesar sobre os ombros.

Vale lembrar que essa confusão se encontra em maior parte em “nossa” mente, e se é nossa, temos o poder sobre ela. Nossa mente, nosso corpo, nossa alma fazem parte de um ser maior (observador) que somos nós.

É nossa obrigação como ser divino, não deixar nosso ego e concepções sociais ter poder sobre nossas ações e desejos. Somos capazes de estar no controle, porém isso é um exercício diário de observação e aceitação de que somos seres merecedores das coisas boas.

Que tenhamos a leveza necessária para entender que sempre temos o poder de escolher como nos sentir.


By Karol Moraes

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Me pergunto, as vezes, por que o poder nos cega tanto, por que temos essa incrível tendência em nos viciar em querer sempre mais.

Sentir-nos importantes faz bem, mas quando isso é utilizado para impor uma superioridade utópica, o que era para ser um sentimento bom transfere para o outro algo pesado e insatisfatório.

Quando pensarmos no bem estar de todos e pararmos de nos limitar no nosso próprio bem estar, usaremos a posição privilegiada de liderar de forma mais sabia onde todos colhem os frutos.

Entenderemos que a imposição não nos traz créditos, que gritos não ganham respeito e que todos somos diferentes inclusive nos pontos de vista de uma mesma situação.

Quem já aprendeu a liderar e andar junto com o todo, aprendeu que ouvir o outro é primordial. E que você não precisa ter sempre a ultima palavra, quando o que mais importa é estarmos juntos ao final.

Estamos em um momento da vida onde fazemos tudo correndo, pedimos tudo para ontem e queremos sempre do nosso jeito que julgamos ser o melhor. Mas estamos lidando com pessoas como nós, que querem o mesmo respeito que queremos, e precisamos de ajuda de vez em quando (uma simples palavra... um abraço, talvez) mas que pode transformar nosso dia.

E para que serve tanta correria se não pudermos deixar nossos dias melhores, e perceber no outro algo divino e sublime que também temos em nós!? Cada um de nós faz parte desse todo, não tem como fugir. Está em nossas mãos o poder de escolher entre a leveza de caminharmos juntos e o fardo de caminhar sozinho.



By Karol Moraes