Tudo me parecia estranhamente familiar.
Aquela voz, aquele rosto, as conversas, pareciam estar
guardadas em algum baú de uma memória há muito esquecida.
Mas eu sabia que estavam ali e não podia não as perceber
porque eram minhas. Eu não conseguia deixar partir porque me pertenciam, estranhamente
eu precisava delas.
Como um sentimento que não nasceu, simplesmente saiu de um
sono profundo e tranquilo.
Como dizer não a algo que é natural, é um complemento da
minha alma?
E aquela vontade de estar perto, um impulso de proteger, de
acalentar, de ficar abraçada sentindo a respiração.
Mesmo se longe, mesmo se ausente, é uma presença que existe
no simples lembrar.
E até o mais simples dos momentos, fica gravado de forma
especial. Até no silencio é possível perceber um sorriso bobo se desenhando no
rosto.
São coisas que a gente não explica, e se tentar entender não
irá conseguir. É preciso simplesmente curtir, e deixar a alma ficando leve com
a paz desse sentimento.
Se for bom não temos que entender, temos que cuidar para
que fique para sempre.
By Karol Moraes
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